segunda-feira, 6 de abril de 2009

Senhor juiz este casamento será para mim todo meu tormento


Começamos a semana com um texto de uma grande amiga do Menina dos Olhos: Marina Gonçalves. Carioca, repórter do jornal O Globo, Marina já lançou o livro "Então tá, bonitão" pela editora Multifoco e recentemente fez esse post sobre casamento em blog. Para conferir outros texto da autora:






Senhor juiz este casamento será pra mim todo meu tormento Dia desses fui na casa de uma amiga que está há alguns meses na árdua tarefa de organizar detalhes para o seu casamento - daqui a "apenas" um ano e meio - e ouvi dela a seguinte frase: "vi umas fotos de uma festa que é perfeita pra você, o lugar é lindo e os noivos entravam ao som de uma banda de chorinho". Coincidentemente, na semana seguinte, saiu a edição especial de Noivas, que todo ano fazemos aqui na nossa editoria. Me apaixonei de cara por um vestido, na verdade duas peças, tomara-que-caia e longuete. Chique e simples. Os episódios abriram meus olhos para uma revelação surpreendente: talvez eu queira me casar. A constatação parece ser bem contraditória, já que nunca acreditei no pra sempre (talvez em 1996 eu tenha acreditado, assumo, mas era meu primeiro namoro sério). E pra que casar, fazer festa, gastar rios de dinheiro com um vestido que nunca mais será usado, se eu acredito que nenhum relacionamento dure pra sempre? Qual a lógica de fazer planos eternos, sonhar com casa própria, lua-de-mel, dividir contas, se um dia tudo pode (e vai) acabar? Morar junto sempre foi meu ideal prático de vida a dois. E isso eu sempre quis. Mas nunca, até então, havia passado pela minha cabeça fazer festa alguma. Meu pai deve ter sido meu modelo: casou duas vezes no civil; na primeira com minha mãe e um barrigão enorme por baixo de um vestidinho clarinho estampado; na segunda, dez anos depois de morar junto com a minha madrasta. Nunca gastou um tostão com festas e sempre foi muito bem casado. Ainda não sei se foi a proximidade dos 30, cada vez mais evidente; a quantidade de amigas (ou amigas das amigas) falando de festa de casamento; ou ainda o tomara-que-caia com a longuete e a imagem de uma cerimônia ao som de um chorinho. Ou tudo junto. A questão é quero me casar, fazer festa, com direito a vestido branco, bolo e tudo mais. Claro que sem preparativos excessivos, sem convites tradicionais, sem igreja, padre, essas coisas caretas. Na praia, com roda de samba, feijoada (não combina com vestido branco né?); no sítio, com chorinho e pôr-do-sol. E descalça. Só falta encontrar o marido.

Um comentário:

  1. Roda de samba???? please, give me break!!!
    Banda de reggae neh??!! bjs Bruno

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