Casar não é coisa do passado
Levante a mão quem nunca pensou em casar na igreja! O tradicional casamento com vestido de noiva, troca de alianças, padrinhos, pajem e dama-de-honra continua presente no sonho de grande parte dos casais.Quem pensa que casamento é “coisa do passado” está redondamente enganado. O mercado profissional do matrimônio, considerado, hoje, uma indústria, revela que noivar, casar e fazer desses momentos uma grande festa é mais do que atual – está na moda. Prova disso é o crescimento do mercado de serviços voltados para a ocasião. A empresária Emanuelle Missura, proprietária da Casar é Fácil, localizada na cidade do Rio de Janeiro, fez do trabalho uma extensão de sua grande paixão: as festas de casamento. Emanuelle conta que, desde criança, sempre se encantou com noivas e casórios. Durante a organização do seu dia “D”, que aconteceu há cinco anos, ela viveu tudo tão intensamente que resolveu entrar no ramo. “Minha formação é administração de empresas e na época do meu casamento trabalhava numa empresa da família. Depois, resolvi abrir meu próprio negócio para noivas e casamentos e realizar meu sonho”, conta a empresária, que presta serviços de assessoria e cerimonial. No ano passado, a Casar é Fácil realizou mais de cinqüenta casamentos. Para 2008, já tem programado mais de quarenta. As festas acontecem todos os finais de semana, principalmente na sexta-feira e no sábado e, às vezes, também, no domingo. Elas são realizadas nos mais variados estilos e rolam em praias, serras, bares e casas de recepção. “Cada noiva tem um sonho e está disposta a realizá-lo sem a preocupação de seguir modelos convencionais”, explica Emanuelle. Para a noiva Carolina Freitas, a “moda” do casamento voltou com tudo. Ela vai casar dentro de cinco meses e decidiu organizar sozinha os preparativos da festa. Para facilitar a sua vida, e a dos convidados, criou um endereço eletrônico com todas as informações necessárias, como data e local do casamento, lista de presentes, confirmação de presença, endereço da futura residência do casal, além do histórico sobre “como tudo começou”. “Como não quis casar na igreja, preferi fazer tudo em um local só. Foi mais fácil. Chegava às reuniões para fazer as provas e assinar contrato sempre decidida e com praticidade. Escolhi tudo sozinha e criei o site para tornar tudo mais fácil”, revela a noiva, que garante estar curtindo todos os detalhes do dia “D”.A fotojornalista pernambucana Ivana Borges, idealizadora do projeto Menina dos Olhos, voltado para noivas e casamentos, conta como o universo do casamento mudou o rumo de sua profissão. No início da carreira, que se estende há dez anos, fotografava para jornais, eventos institucionais e campanhas políticas. Um belo dia, seguindo os conselhos da irmã mais nova, viu nos casamentos uma oportunidade.“O primeiro casamento que fotografei foi o de uma amiga da minha irmã. Com o resultado do ensaio fotográfico, percebi que poderia trabalhar com noivas e casamentos utilizando a linguagem fotojornalística - espontânea, artística e autoral - fazendo ensaios personificados”, revela a fotógrafa, que afirma estar apaixonada pelo projeto.Em 2007, primeiro ano do projeto, ela fotografou vinte e um casamentos. Para 2008, já são cinqüenta agendados. "Fotografar casamentos, além de ser uma oportunidade de trabalhar de forma artística, profissionalmente, também me dá a garantia de um mercado sólido e bem remunerado", conta Ivana.Orkut - No mercado do casamento, as profissionais contam com a ajuda do maior site de relacionamento da Internet, o Orkut, que contribui com a divulgação dos fornecedores do ramo. Nas comunidades destinadas às noivas, elas trocam idéias, contatos, indicam profissionais e os procuram identificando-se como as “noivas da comunidade”. Ivana revela que, semanalmente, noivas de diversas partes do país entram em contato solicitando conhecer pessoalmente seu trabalho, após receberem indicações de outras integrantes.Já Emanuelle diz que criou uma comunidade exclusiva com o nome de sua empresa que, atualmente, há mais de oito mil participantes. “A cada dia entram mais integrantes na comunidade. O legal é ser um ponto de encontro para tirar dúvidas e trocar boas dicas”, afirma Emanuelle.
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